terça-feira, 6 de agosto de 2013

CRIMINOLOGIA - Incidência aflitiva?



Observem a notícia retirada do site http://www.exclusivo.com.br/Noticias/63273/Puni%C3%A7%C3%B5es-para-quem-usa-a-express%C3%A3o-%E2%80%9Ccouro-sint%C3%A9tico%E2%80%9D.eol

A Lei 4.888, de 1965, é a lei que considera crime usar a palavra couro relacionada a produtos que não sejam de couro legítimo.
A notícia abaixo demonstra os interesses dos produtores de couro em ainda se fazer conhecer e aplicar uma lei datada de 1965.
Isso nos dá assunto interessante para conversar sobre a "incidência aflitiva" necessária para que um comportamento deva ser considerado um problema social e também para pensar sobre os chamados "delitos artificiais", criados pela lei, não necessariamente correspondendo a qualquer interesse social e sim a interesses de grupos que de alguma forma podem interferir no processo legislativo.

Notem que a lei afirma que o comportamento constituiria o crime previso no artigo 196 do Código Penal que tratava da concorrência desleal. Tal artigo foi revogado pela Lei 9.279, de 1996, que passou então a regular o crime.


Punições para quem usa a expressão “couro sintético”

Publicada em 21/2/2013 - Redação Exclusivo On Line  
Punições para quem usa a expressão “couro sintético”
Expressões como esta infringem a Lei 4.888, vigente desde 1965, ocasionando multa
É considerado crime no Brasil afirmar que determinado produto é feito em “couro sintético” ou “couro ecológico”.Expressões como estas infringem a Lei 4.888, vigente desde 1965, que proíbe a utilização do termo couro em produtos que não tenham sido obtidos exclusivamente de pele animal. A expressão “couro legítimo” é igualmente proibida pela Lei. Os produtos devem ser identificados apenas como couro.

Em 2013, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) promoverá uma série de ações para que a Lei do Couro seja amplamente conhecida pelas indústrias e pela população brasileira. O consumidor do país deve estar ciente da origem do produto que está adquirindo – o que pode ter consequências muitas vezes negativas na qualidade e durabilidade quando o artigo não tiver sido produzido em couro.

A infração à Lei do Couro constitui crime de concorrência desleal previsto no artigo 195 do Código Penal, cuja pena é a detenção do infrator de 3 meses até 1 ano, ou multa.

Veja o texto da Lei n° 4.888, de 9 de dezembro de 1965

Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° Fica proibido pôr à venda ou vender, sob o nome de couro, produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal.

Art. 2° Os produtos artificiais de imitação terão de ter sua natureza caracterizada para efeito de exposição e venda.

Art. 3° Fica também proibido o emprego da palavra couro, mesmo modificada com prefixos ou sufixos, para denominar produtos não enquadrados no art. 1°.

Art. 4° A infração da presente Lei constitui crime previsto no art. 196 e seus parágrafos do

Código Penal.

Art. 5° ...Vetado...

Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144° da Independência e 77° da República.

H. CASTELLO BRANCO

Octavio Bulhões



Lei 9.279, de 14 de maio de 1996

Regula direitos e obrigações relativas à Propriedade Industrial

Essa Lei revoga o Artigo 196, do Decreto Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), porém os crimes de concorrência desleal passam a ser tratados nessa Lei pelo Artigo 195 e seus parágrafos, cuja pena é detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa.

CRIMINOLOGIA - MOLESTAMENTO DE CETÁCEO



Presidência da RepúblicaSubchefia para Assuntos Jurídicos
Proíbe a pesca de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º Fica proibida a pesca, ou qualquer forma de molestamento intencional, de toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras.
Art. 2º A infração ao disposto nesta lei será punida com a pena de 2 (dois) a 5 (cinco) anos de reclusão e multa de 50 (cinqüenta) a 100 (cem) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, com perda da embarcação em favor da União, em caso de reincidência.
Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados de sua publicação.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 18 de dezembro de 1987; 166º da Independência e 99º da República.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

MÚSICA DO DIA: Revolution - Beatles

"We all want to change the world
But when you talk about destruction
Don't you know that you can count me out?"



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Papo de Dia de Santo Antônio



Certa vez, em uma conversa com uma amiga (comadre) muito querida, eu me queixava por estar sozinha e lamentava alguma “desventura” sofrida à época. A amiga, atenciosa, ouviu toda a chorumela e em resposta simplesmente perguntou: “e a dissertação do mestrado, já está pronta?”.

Não esqueci mais da lição e sempre passo adiante.

Um príncipe ou uma princesa não resolverá nenhum vazio na tua vida. Você resolverá.

Há aspectos de nossa vida sobre os quais nós temos controle, enquanto há outros que, por maior que seja nosso esforço e merecimento, não conseguiremos alterar.

Muitos passarão por nossa vida e não se darão conta da pessoa especial que tiveram ao lado delas. Muitos passarão por nossa vida e até perceberão as nossas qualidades, mas concluirão que ainda não é a hora deles. Outros ainda serão realmente mal intencionados, sem nenhum escrúpulo em nos fazer sofrer, buscando apenas a sua satisfação pessoal e momentânea.

Será assim. E pronto.

Enquanto isso o que resta é cuidar da própria vida, afinal ela é a única vida sobre a qual temos algum controle.

Se não tem como “trazer a pessoa amada em 3 dias”, há outras maneiras de se ter uma excelente vida até que essa pessoa chegue.

A lição então é: “cumpra as tuas obrigações”, “ocupe teu tempo com você”.

Eu sei gente, isso é lugar comum nos conselhos de revistas femininas: “se você não gostar de você, ninguém gostará”, “cultive teu jardim para que as borboletas venham...” Nunca gostei de ouvir ou ler isso.

Penso que o erro nestes conselhos é passar a impressão que o objetivo de amar-se é obter o amor de outros. Nada disso. Mas acontece que é evidente que quem gosta de si mesmo, é mais feliz. É óbvio que um jardim bem cuidado é bem melhor do que um jardim abandonado... venham as borboletas ou não!

Não fique aí suspirando pelo que ainda não existe e negligenciando o que já tem nas mãos. Trabalhe, reze, estude, faça voluntariado, dê atenção às pessoas. Cultive teu relacionamento familiar, teu relacionamento com Deus. Coloque o melhor de você naquilo que você precisa fazer hoje.

Não há nada que nos faça sentir tão bem conosco mesmos do que a sensação de dever cumprido.

Enquanto o amor não chega, ocupe-se em deixar tua marca positiva em tudo o que você fizer, assim, ainda que talvez o amor não venha, você terá vivido uma vida que valeu a pena, que influenciou a vida de outras pessoas, que teve sentido e que, como bônus, te tornará alguém muito mais interessante.

Sim, se você for assim vai escutar milhões de vezes: “como pode alguém como você ainda estar sozinha(o)?”.

E assim como estes teus amigos, familiares e conhecidos enxergam isso, mais cedo ou mais tarde alguém, com qualidades parecidas com as tuas, também enxergará.

E justamente os detalhes que você pensava serem defeitos e te convenciam de que talvez o problema fosse você, se tornarão as razões que te farão única(o) aos olhos de alguém que também será único para você.

Tudo acontecerá sem esforço. Você será quem você é, ele(a) será quem ele(a) é e nada no mundo será melhor do que estar juntos.

A espera não é fácil, mas ninguém nunca morreu disso. Só não adie a tua vida para quando o amor vier, ele vai preferir alguém vivo e que não fica de mimimi e cara feia!



PS¹: esse foi escrito, com todo o carinho do mundo, para as minhas lindas alunas do primeiro período de Direito e para as lindas jovens cursilhistas, que têm uma vida ainda mais linda que elas pela frente!

PS²: deixem Santo Antônio em paz e vão ler um livro!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

DOZALUNO/MÚSICA DO DIA: "O homem é o lobo do homem"

Olha aí a sugestão do Lucas, música da Pitty que nos faz pensar nos comentários sobre a obra de Hobbes e Locke, Estado de Natureza e Contratualismo.


terça-feira, 19 de março de 2013

De onde vim? Para onde vou?




Minha oração de ontem foi sobre um trechinho do Evangelho de São João 8, 12-20.

Nesta passagem algumas pessoas estão questionando Jesus, dizendo que o que Ele diz e faz não pode ser levado em consideração porque Ele dá testemunho sobre Ele mesmo, afirmando ser a luz do mundo. E essa é a resposta de Jesus:
“Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque eu sei de onde venho e para onde vou”.

Quem de nós pode afirmar o mesmo?
Quem tem certeza sobre o lugar que ocupa, a que veio, para que serve? Quem tem certeza a ponto de transbordar tal confiança que outros também se sentirão motivados a cultivar a mesma fé?

Tantas vezes nos parece que estamos nos esforçando, fazendo muito, falando tanto, mas parece que ninguém escuta.

Talvez seja o sinal de que está na hora de parar um pouquinho e recuperar as razões por que fazemos e falamos tanto. Enquanto não estivermos totalmente convictos sobre aquilo que nos move, não convenceremos ninguém.

E aí me veio a outra grande frase de ontem: “A oração é fundamental para que se imprima um novo afeto por Jesus”.

Cultivar momentos de oração é o que fará a diferença, é o que nos ajudará a saber quem somos, por que estamos aqui e qual a nossa missão.

Ter certeza da própria missão/vocação é o que dá credibilidade a quem fala e age. Quando quem convida sabe de onde veio e para onde vai, outras pessoas seguem sem medo, ouvem sem dúvida.

E que bom é conviver com pessoas que sabem quem são. Sabem tanto que não se importam com o que outros saibam, digam ou pensem sobre elas.

É assim que nos tornamos inteiros, completos, sem medo, animados, sempre relembrando aonde depositamos nossa fé, aonde está nosso coração, sem nenhum talento enterrado, enfim, vivendo em abundância.

domingo, 17 de março de 2013

CRIMINOLOGIA - Julgamento pelas aparências


9 de agosto de 2012 9:00 - Atualizado em 8 de agosto de 2012 15:54

Os bonitos ganham mais. Aos réus feios, cadeia

LUIZ FLÁVIO GOMES (@professorLFG)* Daniel Hamermesh (Universidade do Texas), em 2012, depois de ouvir centenas de entrevistados (de 7 a 50 anos de idade) em vários países, mostrando-lhes fotografias de pessoas, chegou à seguinte conclusão: as pessoas classificadas como mais atraentes ganham acima da média, enquanto as “feias” ganham menos. Nos EUA os homens considerados…

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LUIZ FLÁVIO GOMES (@professorLFG)*
Daniel Hamermesh (Universidade do Texas), em 2012, depois de ouvir centenas de entrevistados (de 7 a 50 anos de idade) em vários países, mostrando-lhes fotografias de pessoas, chegou à seguinte conclusão: as pessoas classificadas como mais atraentes ganham acima da média, enquanto as “feias” ganham menos. Nos EUA os homens considerados bonitos ganham 9% que os feios (na Inglaterra, 18% mais; na China, 25% mais). Mulheres consideradas feias ganham 6% menos nos EUA, 11% menos na Inglaterra e 31% menos na China (Moisés Naím, Folha de S. Paulo de 27.07.12, p. A16).
De outro lado, estudo divulgado pela BBC de Londres (dia 22.03.2007) revela que os réus feios têm mais chances de serem condenados criminalmente que os bonitos. Pessoas feias têm mais chances de serem condenadas por júris populares do que pessoas bonitas, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Bath, na Grã-Bretanha.
No estudo, que foi apresentado na Conferência Anual da Sociedade Britânica de Psicologia, “cada um dos 96 voluntários (metade brancos, metade negros) recebeu a transcrição de um roubo fictício, com uma foto do suposto réu. A descrição do crime era sempre a mesma, mas fotos diferentes foram anexadas. Duas das fotos mostravam réus negros, um considerado feio e outro bonito por participantes de um estudo separado. Foram usadas ainda duas fotos de réus brancos, um bonito e outro feio.”
Os voluntários foram orientados a julgar a culpa do réu em uma escala de zero a dez e dar um veredicto de culpado ou inocente. No caso de considerarem o réu culpado, eles precisaram ainda estabelecer uma sentença.
O estudo observou que os jurados tendem a considerar os réus atraentes menos culpados do que os réus feios. “Nosso estudo confirmou pesquisas anteriores sobre os efeitos das características dos réus, tais como a aparência física, nas decisões de júris. Os réus atraentes são, ao que parece, julgados de forma menos rígida do que os réus feios”, afirmou a pesquisadora Sandie Taylor.
Conclusão: no momento de gratificarmos as pessoas ou no de as julgarmos, entram em pauta um mundo de pré-conceitos (pré-juízos, pré-compreensões). Assim as pessoas são julgadas (muitas vezes, mais pelo que são, não pelo que fizeram). As pessoas bonitas ganham mais que as feias e, ademais, na hora de um julgamento, levam uma vantagem enorme. As premissas de que as aparências não importam, de que a beleza é relativa, de que beleza e feiura dependem da cultura etc. não são verdadeiras. A mensagem que os estudos citados nos transmite é muito clara: tratemos de ser bonitos. E quem não é? Que se torne (sendo isso possível).
“Talvez a Justiça não seja tão cega assim”, disse a pesquisadora. Outra descoberta interessante foi que a etnia do réu ou do jurado não afetou o veredicto. Mas os réus negros e feios tiveram sentenças mais longas quando considerados culpados.
“É interessante que ser um réu negro e pouco atraente só teve impacto na sentença, mas não no veredicto de culpa dado pelos jurados.”
“Eu acho, no entanto, que é uma descoberta positiva o fato de que nem os participantes brancos nem os negros mostraram uma inclinação para com seu próprio grupo étnico”, disse Taylor.
Édito de Valério: não é recente na Justiça criminal a discriminação contra  os mais feios. Há muitos séculos o Imperador Valério sentenciou: “quando se tem dúvida entre dois presumidos culpados, condena-se o mais feio”.
Historicamente talvez tenha sido Lombroso (1835-1909) quem mais acabou reforçando essa discriminação contra os feios. Lombroso representou a linha antropobiológica do denominado “positivismo criminológico ou Escola positiva italiana” (movimento que nasceu na segunda metade do século XIX). Depois de examinar mais de vinte e cinco mil detentos, que se amontoavam nas “masmorras” européias do final do século XIX, Lombroso acabou construindo uma teoria sobre o chamado criminoso nato.
Analisou as expressões faciais, o tamanho das orelhas, da calvície, o queixo, a testa etc. e chegou a um protótipo de criminoso. Chegou a afirmar, num determinado momento das suas pesquisas, que existiria o criminoso nato, ou seja, o que, pelas suas características físicas e atávicas, estava “determinado” para ser criminoso (já nasceria criminoso). Já nasce com “cara de prontuário”, como diz Zaffaroni.
A Escola positiva foi bastante influenciada pela teoria da evolução da Darwin, cujos principais postulados eram: (a) o delinqüente é uma espécie atávica, ou seja, não evoluída (um animal, um selvagem etc.); (b) a carga que o sujeito recebe pela herança é determinante; (c) o ser humano está privado da capacidade de autodeterminação, isto é, não conta com livre arbítrio.
O homem está condicionado pelas suas circunstâncias (biológicas, psicológicas e sociológicas), mas consegue superar muitos obstáculos. Nem sempre o mais feio é o culpado. Julgar pessoas pela sua feiúra ou beleza é pura discriminação. Supor que a criminalidade é “coisa de pobre” é ignorância. No Brasil as investigações da Polícia Federal brasileira estão comprovando a teoria da ubiqüidade da criminalidade, ou seja, todas as classes sociais delinquem, pobres ou ricos, feios ou bonitos, nacional ou estrangeiro, preto ou branco etc.: todos delinquem. O que ocorre de diferente é o nível de impunidade: os ricos são mais impunes que os pobres, conforme comprovam as teoria do labelling approach.
*LFG – Jurista e cientista criminal. Fundador da Rede de Ensino LFG. Codiretor do Instituto Avante Brasil e do atualidadesdodireito.com.br. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Siga-me nas redes sociais:www.professorlfg.com.br

sábado, 16 de março de 2013

Sobre gente leve



Tem gente que é assim, fácil, sem drama, sem briga, sem cara feia, sem tempo ruim.
Gente que entende piada, seja das boas ou as mais idiotas. Gente que faz as piadas mais idiotas.
Gente que sabe levar adiante uma conversa boba, uma besteira, deixando-a cada vez pior. Gente que leva adiante qualquer conversa, até as sérias.
Gente que não está preocupada em provar nada a ninguém.
Gente que presta atenção ao que os outros dizem e fazem. Gente que lembra de histórias, gente que lembra de músicas. Gente que lembra.
Gente que tem fé.
Gente que elogia.
Gente que, se dá para facilitar, não complica.
Gente que gosta de família.
Gente que cuida dos amigos.
Gente que reconhece outras gentes assim.
Gente que não está preocupada em ensinar os outros sobre como devem viver.
Gente que é boa companhia.
Eu gosto de gente assim. Eu quero ser gente assim.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

EXPECTO PATRONESSE!




Tem essa coisa de bater o santo sabe?
Algumas vezes teu santo se acerta com o santo de uma pessoa.
Para nós, professores, algumas vezes o santo bate com o santo de toda uma turma... e a gente sabe disso logo no começo.
Hoje estamos nos “despedindo” de uma turma assim. O santo deles bateu com o meu, com o de vários outros professores e inclusive com o santo da faculdade. Foi simples assim, a gente resolveu de cara que gostava uns dos outros, que gostava de trabalhar junto, que gostávamos do lugar aonde trabalhamos e estudamos e foi um passeio!
Eles são o tipo de gente que eu mais gosto. Gente que conhece e briga por seus direitos, mas que nunca esquece que também tem deveres. Gente que sabe a hora de se divertir (e muito!) e sabe a hora de trabalhar (mais ainda!).
Contei com muitos deles durante os cinco anos que estiveram com a gente. Não importava qual era o convite: Uma tarde pintando o rosto de crianças? Palestras em escolas? Blitz na chuva? Churrasco? Pintar/derrubar parede? Júri Simulado? Cerveja? Escrever uma cartilha? Animar crianças doentes em hospitais? 16 horas em um micro-ônibus? Pizza? Mutirão de audiências? A resposta sempre foi sim.
Não posso lembrar de um dos projetos sociais e campanhas da Faculdade Campo Real em que alunos desta turma não estivessem envolvidos. Não posso lembrar de churrascos mais divertidos.
Ainda por cima, um montão deles nos mata de orgulho tendo passado no exame da OAB ainda bem antes da formatura... não é mesmo para viver elogiando por aí?
Tive a alegria da amizade desse povo por estes cinco anos e claro que continuarei contando com ela daqui para frente. Essa amizade se concretizou na homenagem que me fazem ao me escolherem como patronesse da turma.
E aí lembrei do Harry Potter! O Harry e os outros bruxos, para afastar os dementadores (espécie de entidades do mal que, ao se aproximarem sugavam das pessoas toda a sua energia, ânimo, alegria), precisava invocar o seu patrono. Trata-se de um “feitiço” especial, que, quando bem executado, faz aparecer a imagem do patrono, que funciona como um escudo contra os dementadores.
Um detalhe interessante é que para conseguir invocar o patrono o bruxo precisa ter em mente um pensamento bem feliz.
Então, toda essa enrolação aqui é para dizer que comecei o texto com a ideia de, já que sou a patronesse, me oferecer para que me chamem, quando precisarem e principalmente quando correrem o risco de desanimar diante das dificuldades da vida. Estarei sempre aqui para uma frase de apoio, uma oração, uma cerveja. Invoquem a patronesse quando quiserem!
Mas me dei conta que, na realidade, essa turma se junta a alguns outros alunos especiais que estão sempre na minha memória, e vocês é que passam a ser os meus patronos. Vocês serão sempre um pensamento feliz a que eu vou me reportar quando estiver cansada ou duvidando da minha vocação e das escolhas que fiz até hoje.
Muito obrigada por esse tempo juntos. Muito obrigada por fazerem valer a pena ser professora e ser a professora que eu sou.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Meu Abaixo-assinado



Em um trecho do livro “Comer, rezar e amar” (sim, leitura de mulherzinha), a autora e personagem principal, Elizabeth Gilbert, está passando por um momento triste da sua vida e recebe a sugestão de fazer um abaixo-assinado.
Trata-se de um abaixo-assinado imaginário, em que ela deveria listar os nomes de todas as pessoas que não titubeariam em assinar um pedido, endereçado a Deus, solicitando tudo o que houvesse de melhor para a vida dela.
Era um exercício bastante interessante, com o intuito de demonstrar a ela, e a qualquer de nós que siga a sugestão, que mesmo quando a vida não está lá aquela maravilha, contamos com muitas pessoas que realmente se comprometeriam com o nosso bem.
Acabei de fazer aniversário e vejo que essa é ocasião oportuna para verificar quantos e quais nomes constariam do meu abaixo-assinado dirigido a Deus. E olha, há muita gente na minha lista.
Há pessoas que renovam a assinatura todos os anos, há muito tempo. Outros começaram a assinar agora, mas com o mesmo comprometimento.
Há quem tenha assinado por obrigação. Outros assinam por consideração, porque não podiam simplesmente não dizer nada.
Há nomes que já foram mais constantes e que fizeram falta nesse ano.
Há os que nem viram o que assinaram e apenas garantiram que eu também assine, quando for a sua vez.
Há ainda quem, além de assinar, fez questão de telefonar de muito longe ou me encontrar pessoalmente para dizer o quanto deseja que os pedidos constantes do abaixo-assinado sejam deferidos!
Alguns vieram um pouquinho atrasados, mas são tão bem vindos quanto. Inclusive, as assinaturas continuam sendo aceitas, a cada dia dos meus desaniversários!
Faltaram alguns abraços importantes, é verdade. Mas todos os outros que não faltaram estão aí para mostrar o quanto eu mereço que meus pedidos sejam atendidos.
Então, a todos vocês que me assinam embaixo: Muito Obrigada!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Música do dia: The Head and the Heart - Sounds Like Hallelujah

Adoro como lá pelas tantas parece que já é outra música mas ainda é a mesma.
E a vida não é um tanto assim também? Lá vem ela toda alegrinha, de repente escurece..., mas é sempre a mesma vida.

Hearing what you're saying for the first time...





Sounds Like Hallelujah

The Head And The Heart

(One, two, one two three four)
I'm just waitin' on the sun
To close his eyes and call it a night
So we can put all our differences aside
I'm just waitin' on the moon
With all the stars and all its gloom
We can watch it fall right back in to place
So I won't keep myself around
Just to keep you warm
Woo-oo-oo-oo
Woo-oo-oo-oo
Ooh-oo-oo
Woo-oo-oo-oo
Woo-oo-oo ooh-oo-oo
Momma don't put no gun in my hand
I don't wanna end up like these men
Momma don't put no gun in my hand
I don't wanna end up like these men
I'm not walkin' away
I'm just hearin' what you're sayin'
For the first time
Sounds like hallelujah for the first time
For the first time
Sounds like hallelujah for the first time
And I'll miss you someday
I'll miss you someday
I'll miss you someday
I'll miss you someday
I'll miss you someday
I'll miss you
I'm not walkin' away
I'm just hearin' what you're sayin'
For the first time
Sounds like hallelujah for the first time
For the first time
Singin' hallelujah for the first time

domingo, 20 de janeiro de 2013

Com quem andas...




"A conclusão da semana foi: não ser como meus amigos..."

Foi o que me disse um amigo, refletindo sobre como anda se sentindo e sobre coisas que lhe andaram acontecendo.
Depois de alguns dias convivendo com alguns dos meus amigos, de diferentes épocas e rodas, lembrei daquele comentário e pensei: “preciso ser mais como os meus amigos.”

Tenho amigos de infância, amigos do tempo de faculdade, amigos do trabalho, amigos da Igreja (principalmente do Cursilho).

São amigos de todo tipo, homens e mulheres, de longe e de perto, solteiros e casados, jovens e mais velhos, alunos e ex-alunos... cada um me traz sempre algo de que preciso.

Tenho muitos amigos em cuja vida e caráter posso me inspirar.

Tenho muitos amigos de coração, ouvidos e casas abertas para mim sempre.

Tenho muitos amigos que sempre sabem o que dizer e sempre vivem o que dizem.

Tenho muita gente especial ao meu redor e são eles que dão cores a minha vida.

Gente que mostra o que há de bom em mim e que me ajuda a ser melhor.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

SOBRE O TEMPO E O NOVO ANO



Pensamentos sobre o tempo e sobre o novo ano, furtados da minha amiga Ana Maria Ribeiro:


" Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu" (Ecl3,1)


O capítulo 03 do livro do Eclesiastes ( 1-8) nos lembra que, na vida, há um tempo para cada coisa. Entretanto, nós, seres humanos nem sempre conseguimos entender essa verdade bíblica. Isso se deve ao fato de que vivemos em uma sociedade imediatista e que busca respostas para tudo segundo seus próprios critérios, ignorando, assim, a ação e o tempo de Deus. No entanto, é necessário ter paciência e respeitar o ciclo natural da vida para compreendermos que nem tudo acontece segundo nossa própria vontade.
A vida é marcada por ciclos que norteiam a caminhada e o cotidiano de toda pessoa. Os ciclos ajudam a perceber que é necessário recomeçar sempre, porém, sem desconsiderar cada etapa já vivida ou celebrada. Estamos, agora, iniciando um novo ano. Nesse período é comum ouvirmos dizer: "como o ano passou rápido", "não tive tempo para fazer tudo o que tinha planejado", "preciso dar mais tempo à minha família", "não tive tempo para cuidar de mim", enfim ouvimos lamentações e lamúrias pelo ano que se foi ou pelas coisas que não foram realizadas e, muitas vezes, nós nos esquecemos de pensar no ano que estamos começando.
Por isso, é preciso planejar, organizar, programar aquilo que será feito neste novo ano. Do contrário, ao chegarmos ao final dele, ouviremos ou diremos as mesmas coisas que realmente são ditas e ouvidas em relação a cada ano que termina.
Diante das constantes mudanças pelas quais a sociedade, o mundo - e também cada pessoa - passam, é necessário recomeçar sempre. Porém, isso nem sempre é fácil. A cada ano que se inicia temos a oportunidade de rever nossos valores, conceitos, prioridades, gestos, atitudes e escolhas. Essa revisão precisa ser levada muito a sério, pois é a partir dela que iremos guiar nossas vidas. É preciso, então, termos a coragem de admitir que, em algumas vezes, tomamos a decisão errada, magoamos, ofendemos, machucamos familiares e amigos com palavras agressivas e, por isso, é preciso mudar. 
O que não podemos perder de vista é a necessidade de vivermos todos os momentos com respeito e responsabilidade, pois, cada momento é único e irrepetível. Há circunstâncias que nos marcam para toda a vida, seja positiva ou negativamente e, por isso, é conveniente que aprendamos com os fatos, alegrando-nos com as coisas boas e buscando não recair nos mesmos erros e equívocos.
Como nos diz o Eclesiastes, "há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar a planta. Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de destruir e tempo de construir. Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de gemer, e tempo de bailar. Tempo de atirar pedras, e tempo de recolher pedras; tempo de abraçar, e tempo de se separar. Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora. Tempo de rasgar, e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra,e tempo de paz" (Ecl 3,2-8)
Que neste ano de 2013 saibamos respeitar o tempo para que tudo aconteça segundo a vontade de Deus. Que possamos aprender com as perdas e as alegrias. Que tenhamos confiança diante das quedas e decepções. Que possamos sorrir com as conquistas e as vitórias. Que a luta pela vida plena de todos os seres humanos seja a nossa maior bandeira. Que sejamos reconhecidos pelo amor e pelo bem que fizermos aos outros. Que, enfim, em tudo, DEUS SEJA NOSSO MESTRE E GUIA. 
Um bom recomeço a todos e que Nossa Senhora, Mãe de Deus, seja nossa companheira de jornada. 
Shalom!!!!!!!