segunda-feira, 20 de julho de 2015

Dia do Amigo



O Dia do Amigo é realmente um dia que vale a pena ser lembrado e aproveitado para se enviar um abraço, um oi, uma foto, seja o que for, para aqueles que preenchem a nossa vida de alguma maneira especial.

Nestes tempos em que precisamos estudar tanto, trabalhar mais ainda, incentivados sempre à competitividade, talvez fique cada vez mais difícil encontrar verdadeiros amigos. Encontrar pessoas com quem nos identificamos e que sintam como suas as nossas alegrias e tristezas, nossos sucessos e frustrações.

Graças a Deus tenho várias dessas pessoas na minha vida.

Pensando nisto lembrei hoje de duas passagens bíblicas que nos devem servir sempre como alerta nos nossos relacionamentos.

Uma foi a parábola do filho pródigo, ou, melhor ainda, do Pai Rico em Misericórdia. Recordei aí a figura do irmão mais velho, indignado pelo fato do Pai celebrar o retorno do mais jovem, chateado porque sempre esteve ao lado do pai e parece não se sentir reconhecido. A ele o pai apenas diz: você não sabe que tudo o que é meu, é teu? (Lc 15,31)

Outra parábola fala de um empregador que durante todo o dia convidou pessoas para com ele trabalhar e ao final da jornada remunerou a todos da mesma maneira, sem diferenciar os primeiros dos últimos. Os da primeira hora também ficam indignados e ouvem do empregador: por acaso não estou distribuindo do que é meu? Por acaso não estou lhes pagando exatamente o que prometi desde o início? (Mt 20, 13-16)

Como é revigorante conviver com pessoas que cuidam de seus próprios interesses, correm atrás de suas metas, sabendo que seu sucesso depende só de si, sem qualquer relação com o sucesso alheio. Se o outro é reconhecido, isto nada muda no reconhecimento que meus esforços também merecem. Se o que me foi prometido está garantido, nada me importa sobre o que é prometido aos demais.

O sentido que dou à minha vida, meus estudos ou meu trabalho cabe apenas a mim e não a qualquer outra pessoa. O problema é quando o sentido falta e o preencho na observação dos êxitos alheios e não para os comemorar.

Feliz dia do “rir com os que riem” e do “chorar com os que choram”! (Rm 12,15)