terça-feira, 15 de maio de 2012

LEITURA DA SEMANA: Identidade - Zygmunt Bauman

Inaugurando um espaço novo aqui no blog e também para me impor a obrigatoriedade de manter uma carga de leitura mais constante, passarei a contar e eventualmente comentar, aquilo que eu estiver lendo no momento.

Na verdade nunca estou lendo um livro só... Se meu único criado não fosse mudo, ele diria: "Ai minhas costas!"

Entre todas as leituras por que pularei de semana em semana, escolherei alguma ou algumas e seus trechos, para sugerir aqui.

No momento, estou adorando um livrinho do Zygmunt Baumann, chamado "Identidade" e todas as suas reflexões sobre ainda termos a possibilidade do sentimento de pertença nos tempos da modernidade líquida.



"Lugares em que o sentimento de pertencimento era tradicionalmente investido (trabalho, família, vizinhança) são indisponíveis ou indignos de confiança, de modo que é improvável que façam calar sede por convívio ou aplaquem o medo da solidão e do abandono. Daí a crescente demanda pelo que poderíamos chamar de 'comunidades guarda roupa' [...] As comunidades guarda roupa são reunidas enquanto dura o espetáculo e prontamente desfeitas quando os espectadores apanham os seus casacos nos cabides. [...] Quando a qualidade o deixa na mão ou não está disponível, você tende a procurar a redenção na quantidade".

Entre minhas manias mais antigas está sempre ler a última frase do livro antes de começar a ler. A última do Identidade é "Tente, o máximo possível, evitar este problema." Não é pra ficar louco para terminar de uma vez?


As provocações me fizeram lembrar de uma música do álbum mais novo do Teatro Mágico: "Eu não sei na verdade quem eu sou".

Eu Não Sei Na Verdade Quem Eu Sou O Teatro Mágico
Eu não sei na verdade quem eu sou
já tentei calcular o meu valor
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou
Por que a gente é desse jeito?
criando conceito pra tudo que restou
Meninas são bruxas e fadas
Palhaço é um homem todo pintado de piadas
Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro
Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
Mas sempre encontro sorriso
E o meu paraíso é onde estou
Eu não sei... na verdade quem eu sou
Descobrir
Da onde veio a vida
por onde entrei
Deve haver uma saída
mas tudo fica sustentado
Pela fé
Na verdade ninguém
Sabe o que é

Velhinhos são crianças nascidas faz tempo
com água e farinha colo figurinha e foto em documento
Escola! É onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração

Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
E sempre encontro sorriso... e o meu paraíso é onde estou
Eu não sei na verdade quem eu sou

Perceber que a cada minuto
tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto
tem louco pulando o muro, tem corpo pegando doença
tem gente rezando no escuro, tem gente sentindo ausência

Meninas são bruxas e fadas
Palhaço é um homem todo pintado de piadas
Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que guardo dentro do meu travesseiro
http://www.vagalume.com.br/o-teatro-magico/eu-nao-sei-na-verdade-quem-eu-sou.html#ixzz1uy9NVxtK

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