Quem tem crianças por perto já conviveu com a cena em que o bebê acaba de dormir e alguém desavisado fala mais alto do que deveria, pisa muito forte, aumenta o som da TV... seja lá o que for, sempre tem alguém para rapidamente avisar: “o bebê está dormindo”.
Normalmente, para permitir que a criança durma em paz, prepara-se um local gostoso, com a iluminação adequada, limpo, confortável, sem barulho. A mãe, ou quem estiver responsável, mantém sempre a atenção, velando pelo bom descanso da criança.
Nos filmes e celebrações de Natal ouvimos várias vezes o canto que narra a felicidade pela chegada do Salvador para cada um de nós, sugerindo a ele, ainda menino, que durma em paz. Fiquei pensando sobre o que temos feito para que o Menino Jesus realmente possa dormir em paz. Acho que bem pouco...
Olhamos para o presépio e podemos imaginar a atitude de respeito e adoração em que se colocam os pastores e os reis magos que logo chegaram, e também, é claro, os pais. Além da veneração prestada ao Rei dos Reis que acabara de nascer, trata-se do carinho e cuidado com um recém-nascido e com a Mãe que há pouco enfrentara o parto.
Hoje, quem e o que cerca o pequeno Jesus em sua manjedoura?
Conseguiria Ele dormir em paz com tudo o que o rodeia?
Gritaria, brigas, quebradeira, música ruim, tiros, preocupações, buzinas apressadas, comerciais, ofensas, fogos de artifício, palavrões... durma-se com um barulho desses!
Talvez sejam poucos os momentos em que o Menino Jesus pode dormir como uma criança que se sente amada, cuidada, desejada e respeitada.
Neste Natal foi esta a minha reflexão: o que tenho feito para que Jesus durma em paz?