“Sê a favor de ti mesmo” – Bernardo de Claraval
Se, aproveitando a distância exterior, eu realmente conseguir
também interiormente tomar distância daquilo que me oprime, esta pode ser uma
maneira eficaz de impedir em certa medida o esgotamento.
Nos rituais deve se tornar manifesto o que para mim é
importante, o que eu quero reforçar. Nos rituais eu descubro a minha
identidade.
Estas são coisas pequenas, pequenos rituais que, quando empregados
com regularidade, podem nos ajudar a permanecermos perto de nós mesmos. Os
pilares que tornam claro o que para nós é importante.
Quando alguém se trata mal a si mesmo, como é que este pode
ser bom?
Através do meu sim minha pessoa tem que manifestar-se. No
meu sim deve estar viva alguma coisa de mim, daquilo que eu quero, do que faz parte
do meu mundo, do que está relacionado com minhas ideias de valor, com meus
ideais.
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Pode-se constatar uma clara relação entre a capacidade de
divertir-se e o equilíbrio e a saúde da alma. É óbvio que a recusa da diversão pode
manifestar uma personalidade insegura e com problemas psicológicos.
“Sua vida era o trabalho” – lemos por vezes em anúncios fúnebres.
Trabalhou, extenuou-se a vida inteira. Exatamente a mesma coisa se poderia
afirmar no final da vida de um animal de carga.
Na organização do seu dia a dia é, pois, importante
encontrar lugar suficiente para a vida privada.
“Tanto o curar quanto o educar só pode ser feito porquem
está em oposição a mim, por quem está separado de mim” (Martin Buber)
Estou convencido de que todos estes que tanto desejam
sobressair fariam bem, inclusive a si próprios, se voltassem a procurar com
mais decisão e firmeza o sentido de suas vidas, para o qual na verdade eles
existem: o encontro direto, o ocupar-se com a pessoa concreta.
“Para o homem o caminho mais longo e o mais difícil sempre é
o caminho para o que está perto” (Martin Heidegger)