O Dia do Amigo é realmente um dia
que vale a pena ser lembrado e aproveitado para se enviar um abraço, um oi, uma
foto, seja o que for, para aqueles que preenchem a nossa vida de alguma maneira
especial.
Nestes tempos em que precisamos
estudar tanto, trabalhar mais ainda, incentivados sempre à competitividade,
talvez fique cada vez mais difícil encontrar verdadeiros amigos. Encontrar
pessoas com quem nos identificamos e que sintam como suas as nossas alegrias e
tristezas, nossos sucessos e frustrações.
Graças a Deus tenho várias dessas
pessoas na minha vida.
Pensando nisto lembrei hoje de
duas passagens bíblicas que nos devem servir sempre como alerta nos nossos relacionamentos.
Uma foi a parábola do filho
pródigo, ou, melhor ainda, do Pai Rico em Misericórdia. Recordei aí a figura do
irmão mais velho, indignado pelo fato do Pai celebrar o retorno do mais jovem,
chateado porque sempre esteve ao lado do pai e parece não se sentir
reconhecido. A ele o pai apenas diz: você
não sabe que tudo o que é meu, é teu? (Lc 15,31)
Outra parábola fala de um
empregador que durante todo o dia convidou pessoas para com ele trabalhar e ao
final da jornada remunerou a todos da mesma maneira, sem diferenciar os
primeiros dos últimos. Os da primeira hora também ficam indignados e ouvem do
empregador: por acaso não estou
distribuindo do que é meu? Por acaso não estou lhes pagando exatamente o que
prometi desde o início? (Mt 20, 13-16)
Como é revigorante conviver com
pessoas que cuidam de seus próprios interesses, correm atrás de suas metas,
sabendo que seu sucesso depende só de si, sem qualquer relação com o sucesso
alheio. Se o outro é reconhecido, isto nada muda no reconhecimento que meus
esforços também merecem. Se o que me foi prometido está garantido, nada me
importa sobre o que é prometido aos demais.
O sentido que dou à minha vida, meus estudos ou meu trabalho cabe apenas a mim e não a qualquer outra pessoa. O problema é quando o sentido falta e o preencho na observação dos êxitos alheios e não para os comemorar.
Feliz dia do “rir com os que riem”
e do “chorar com os que choram”! (Rm 12,15)